Quero esperar-te em paz. Quero estar calma e serena enquanto vais crescendo aqui dentro de mim. Fazendo de mim um ser mais belo, mais puro, mais forte. Quero estar à altura de te amar na plenitude das minhas capacidades. É por isso que vou lutar e é por isso que vou fazer o que for necessário. Nada na minha vida é mais importante do que a minha família. Nada supera o amor que tenho aos meus dois filhos.

Já se nota...

...umas quatro pessoas passaram hoje por mim e fizeram este comentário. Começam a ouvir-se palpites do género " a barriga está a empinar é menino", "está a ficar mais bonita é menina", e sei lá mais o quê. Não acredito em nada dessas coisas. Acredito na minha intuição, normalmente. E mesmo essa...traiu-me da última vez. Para mim a Filipa era um Gonçalo...
A fome avassaladora é que não me deixa margem para dúvidas: estou grávida!
Desta vez vou mesmo ter que ter cuidado com o que como. A diabetes gestacional da última gravidez não é para repetir! E os 13 quilos a mais da outra vez não são para ultrapassar. A balança por enquanto permanece na mesma. Mas tenho cá um palpite que quando chegar à balança do consultório o resultado não vai ser o mesmo. Eu acho que as obstetras viciam as balanças para nos assustar. A sério! Eu pesava sempre mais na balança dela do que em casa.

8 semanas

É verdade, hoje já faço 8 semanas, o que significa que já só faltam 32. São dois meses que passaram bem rápido. Os enjoos afinal foram só mesmo temporários e causados pelos nervos que apanhei com a história do acidente. Pudera...meio do nada, estrada quase sem luz, seis e meia da tarde (ou seja noite cerrada) e eu a ter que resolver a questão de um acidente com o meu filho de dois aninhos a cirandar à minha volta com um frio de rachar... Põe qualquer um em ponto de rebuçado. Ainda mais eu não tive qualquer responsabilidade no que se passou. Ia calmamente para casa, para aí a 60 Km/h, quando vindo do nada se atravessa um carro à minha frente. O condutor estava distraído a sintonizar o rádio e passou um Stop a abrir. Dentro do azar tivemos muita sorte. Uns milésimos de segundo a mais ou a menos poderiam ter ditado uma sorte muito diferente. Nem quero pensar no que poderia ter acontecido, a mim, ao meu filho, a este bebé que aqui está na barriga...Dá que pensar.
Hoje tive que ficar em casa com o meu pequenino doentinho depois de termos passado o fim de semana enclausurados em casa. Decidi que não me apetecia andar apertada com as roupas normais e fui buscar umas calças de grávida. São as mais justas que tenho e até que já me ficam bastante bem. A parte da barriga é que ainda está enorme. Com a barriguinha assim à vontade já se nota. Está grande, já cresceu bastante. Há muitas grávidas de 4 e 5 meses que não têm uma barriga assim. Está gira. Parece que na segunda gravidez a barriga cresce mais cedo porque os tecidos estão mais flácidos. É o que está a acontecer. Entretanto o peito também já voltou a crescer e agora é que já tive mesmo que ir buscar os soutiens de grávida. Dá imenso jeito já ter estas coisas todas e não ter que as comprar. Posso concentrar-me psicológica e financeiramente noutras questões.
Já andamos a discutir nomes. Mas ainda não vou revelar... o mano já deu a sua opinião. E não é que somos bem capazes de a acatar? É de extremo bom gosto e vai perfeitamente de encontro aos nossos gostos. Só tem opinião para menina. Se lhe perguntamos "e se for um menino?" olha para nós com um ar de "...e pode lá ser!" e não é capaz de dizer nenhum nome de rapaz.

Mas por que fui eu falar?

E não é que a médica tinha razão? Ontem estive completamente zonza de enjoos. Senti-me tão estúpida por quase desejar tê-los. Enfim, burra, burra, burra. Estou com esperança que a situação também tenha sido causada pelo meu estado de ansiedade (uma história comprida que se resume simplesmente por "acidente de automóvel" sem consequências físicas para ninguém, graças a Deus). Hoje já não tenho enjoos outra vez...por isso é bem capaz de ter sido da tensão nervosa. Tive inclusivamente dores de estomago fortes, para além dos vómitos e dos enjoos o dia inteiro.
A minha barriga não cresceu mais. Afinal ainda visto quase toda a minha roupa. Parecia que ia começar a aumentar imenso mas pelos vistos a ervilhita está a conter-se. E pronto...a única notícia a acrescentar é que já tenho as credenciais para fazer as análises do primeiro trimestre, o que acho que vou fazer amanhã (como é que vou aguentar-me em jejum até chegar à clínica é que ainda não sei...). A ecografia das 12 semanas também já está marcada para mesmo antes do natal: 21 de Dezembro. Até lá resta-me imaginar como estará a minha ervilha.

Tem cuidado com o que desejas...

...porque um dia pode ser-te concedido. Pois. A mamã andou entre o preocupado e o eufórico com a ausência das famosas nauseas mas... no Domingo parecia que ia vomitar tudo a qualquer momento. Agora que já sei que está tudo bem, não obrigada, já não quero os enjoos. Está muito bem assim. A médica bem que me disse que até às 7 ou 8 semanas não vale deitar foguetes. Até aí ainda podem aparecer. Mas a verdade é que a coisa a partir do almoço melhorou substancialmente e hoje já voltou ao normal, ou seja, uma levíssima nausea da qual não me queixo e não me incomoda quase nada. Assim sim, mamã.
E a fome? Como eu tenho fome! Isto vai ser uma desgraça... mas estou a ter muito cuidado com o que como. Só coisinhas saudáveis e nada de doces. Tem mesmo que ser porque quero ser uma mamã gira...

A consulta

A consulta correu muito bem, como é habitual. A minha médica é um espectáculo, tem o dom de perceber o que estou a sentir e de me conseguir descansar, sempre com bom humor. Fartámo-nos de rir, como de costume. A eco confirmou um feto de 6 semanas, com batimento cardíaco (parece uma luz da árvore de Natal a piscar cá dentro da minha barriga) e 3,7 mm. Não me canso de olhar para a fotografia do meu bebé. É fascinante pensarmos como começa a vida...daquele pontinho tão frágil, do tamanho de uma ervilha, vai nascer um ser pensante e forte.
Fiquei mais descansada. Afastei os mau pensamentos e agora é só curtir ao máximo esta renovada situação de pré-mamã. Já vos disse que adoro estar grávida? Sinto-me poderosa, mais bonita por dentro e por fora. Ah...e estou uma lamechas.
O papá ficou arrepiado, quando foi do H. a primeira eco que viu foi a das 12 semanas, o que já é uma perspectiva completamente diferente.

Sensibilidade

O H. é uma criança de uma sensibilidade impressionante. Desde que soube a notícia que fala no assunto frequentemente. Ontem pousou a mão na minha barriga, olhou-me nos olhos e perguntou: Queres uma manina? E eu respodi-lhe a rir: Quero e tu? Eu também quero uma manina...
O engraçado é que ele sabia bem o que me estava a perguntar. Já apanhou no ar que eu gostava de ter uma menina e ele próprio também sempre disse que queria ter uma mana, provavelmente por ter a prima que simboliza aquilo que ele entende por bebé.

É hoje

A consulta é hoje, às quatro. Confesso que estou super ansiosa. Não vejo a hora de saber se está tudo bem connosco. Eu não costumo ser muito assim. Costumo ser confiante e optimista perante as coisas. Com o H., por esta altura estava em casa de baixa com ameaça de aborto por descolamento da placenta. Ainda assim, nunca tive dúvidas. Cá dentro algo me dizia que estava tudo bem e que aquele bebé iria nascer, lindo e saudável. Desta vez assaltam-me dúvidas e verdadeiros terrores. Não entendo o porquê. Deve ser o coktail hormonal que desta vez me dá para aqui. É terrível. Espero que hoje à tarde fiquem de lado estes fantasmas que me andam a incomodar demais.

Sono!

É a nota dominante desta gravidez. Tenho tanto sono que mal aguento os olhos abertos durante o dia. Depois do jantar não aguento mesmo. Tenho adormecido por volta da dez, dez e meia e é até de manhã às sete, quando toca o despertador, e mesmo assim custa-me a levantar. Tem sido impossível gerir este sono. O meu corpo pede-me descanso e eu tenho-lhe dado. Se não fosse o papá a tratar de tudo em casa (eu limito-me a fazer o jantar) não sei como seria. Acho que é este bebé que quer crescer, crescer, crescer...pelo menos a barriga já se nota (eu noto, os outros ainda não) e a roupa começa a ficar apertada! Como me vou eu vestir nas próximas semanas? É impensável vestir roupa de grávida e a minha roupa está a começar a não dar. Tenho que ir às compras.

O mano

O mano soube ontem que ia ser mano de alguém. Encaixou perfeitamente na sua cabeça de dois anos e meio o que lhe estávamos a dizer. Percebeu até ao mais fundo da questão o que implica isso de deixar de ser o único. Gostou da notícia, está expectante, entusiasmado, excitado. Está cheio de dúvidas naquela cabecinha e nós temos estes meses para lhe provar que o mano/a não lhe vai tirar nada...pelo contrário, vai trazer-lhe muito! O amor de uma mãe não se divide, multiplica-se. E eu tenho amor e colo que chegue para os dois e mais que venham.

Enjoos. Ter ou não ter...

entretanto aproveitei para perguntar à minha mãe como tinha sido com ela a situação dos enjoos. Fiquei tão descansada com a resposta... teve bastantes de mim, que fui a primeira, mas da minha mana não teve nenhum! Ora aí está. Até nisto somos parecidas. Ela é um bom barómetro para mim porque parecemos ter histórias muito parecidas neste campo da maternidade. Senão vejamos, ambas engravidamos à primeira tentativa de ambos os casos. Eu nasci de 36 semanas, o H. nasceu de 37. Eu tinha 2,350 kg, o H. tinha 2,580...parece cópia, não? A questão agora é que a minha irmã nasceu de 38 semanas (esta parte agrada-me) mas com 3,850 kg! E a minha mãe engordou para aí uns 25 kg!!!!! Nesta parte espero não ser parecida com ela, 3 quilos e picos chega muito bem. Eu sou pequenina...

Algumas pessoas começam a saber. Contei aos meus pais e à minha irmã. Agora faltam os pais do pai e os tio J. e B. que parecem estar ansiosos por receber esta notícia. Pelo menos, há vários meses que tentam perceber se há novidades! Toda a gente quer ter uma família grande.
A minha irmã ficou excitadíssima. Mais um sobrinho/a para ela por maluco com as brinadeiras loucas que ela inventa...

O H. decidiu dizer-me desde ontem que tem um bebé na barriga, que vai ser o mano dele. Perguntei-lhe se queria um bebe na nossa casa disse-me que sim, prefere uma menina e vai ajudar a tratar dela. Segundo ele: dou-lhe leite por um copo e pego-lhe ao colinho. Hoje de manhã ao acordar a primeira coisa que me disse foi que o bebé dele já tinha crescido na barriga e qualquer dia nasce! O papá bem diz que ele já captou qualquer coisa... vamos contar-lhe brevemente. Acho que não vai alcançar propriamente a dimensão da notícia, mas aposto que logo a seguir toda a gente vai saber. No colégio, por exmplo, vais dizer a toda a gente que a mãe tem um bebé na barriga. Eu até já estou a ouvir os comentários...Aquele miúdo não existe!

Mais um dia

Só consegui marcar a primeira consulta para dia 11 de Novembro: seis semanas e três dias. Parece-me uma boa data para fazer a primeira eco e confirmar se está tudo bem com o girino. Entretanto de sintomas estou na mesma, ou seja, óptima! Peito a crescer e mais nada. Se por um lado é mesmo excelente, por outro, fico com uma enorme angústia. Se fosse a primeira vez...mas como é a segunda, fico com a sensação que falta aqui qualquer coisa. Já sei que se os enjoos aparecerem entretanto, vou andar a maldizer a minha vontade de os ter!
SOOOONOOOO...muito sono, essa é talvez a melhor/pior coisa. Tenho dormido muitas horas e muito bem. Sinto-me como nova a cada manhã que se inicia. E feliz...tão feliz. Já dei por mim a falar com a minha barriga. No feminino. Intuições de mãe.
Estou uma lamechas do pior. Olho para o H. e dá-me vontade de chorar. É pura alegria ver uma criança a crescer, a desenvolver-se, cada dia a dizer mais uma palavra, a ultrapassar mais uma etapa. Sinto-me tão bem por estar a passar por tudo outra vez. É a melhor aventura da vida.
Qual Rock'n'roller Coaster... (Se bem que esta última também tem muito que se lhe diga!!!!)

O papá

O papá é contra esta história dos blogs. Acha que é uma enorme perda de privacidade e considera que publicar a sua vida na internet para o mundo é absurdo. Eu não sei muito bem porquê, mas acho isto fascinante e a questão da privacidade não me incomoda. Temos aqui uma pequena divergência de opiniões. Daí ter ficado tão contente com os comentários que aqui deixou. Mais uma vez houve um de nós que cedeu de forma a que a harmonia se mantivesse. Tem sido assim na nossa vida desde há treze anos. É por isso que o nosso amor cresce cada vez mais e se consolida a cada dia que passa, a cada discussão, a cada contratempo...estamos sempre a viver um para o outro e, agora, para os nossos filhotes. Ele é o melhor marido do mundo e o melhor pai do universo. Obrigada por seres como és.

A notícia

Ainda não dissemos a ninguém. Combinámos que iria primeiro à médica ver se estava tudo bem e depois contaríamos. Claro que tenciono ir o mais depressa possível, até porque tenho uma imensa dificuldade em manter um segredo destes. Sou uma desbocada nestas coisas. Quanto ao H., vamos contar-lhe antes de contarmos ao resto das pessoas. É demasiado cedo, nove meses vão parecer-lhe uma eternidade, mas não nos arrisacamos a que ele perceba alguma coisa pelas conversas. E ele iria perceber logo que algo de muito importante se estava a passar. Não adianta pensarmos que ele não apanha as conversas porque já tivemos mais do que uma prova de que isso não é bem assim. Assim também tem mais tempo de se habituar à ideia de que em breve terá que partilhar a mamã e o papá.

O não termos contado a ninguém não é exactamente assim. Na verdade, no Sábado fomos jantar com dois casais amigos, mais os respectivos filhos o que dava um total de três criancinhas (duas de dois anos e uma de três, estão a ver o cenário de catástrofe?)
Tínhamos combinado manter a boca fechada...mas, ironia do destino, estamos no início do jantar (os três miúdos brincavam alegremente à volta das mesas) e o N. decide anunciar que tem uma novidade...A I. (três anos e meio) irá ter um irmãozinho ou irmãzinha lá para fim de Junho início de Julho. Não resistimos...e contámos. Chegámos à conclusão que os dois bebés têm datas previstas de nascimento com diferença de quatro dias!