Nove Meses

Impressões e notas de uma segunda gravidez. Por mamã babada e seu primogénito de dois anos.

A Constança já tem
Lilypie Baby Ticker

28.2.05

Conto de fadas

Aproveitando a onda de principes, princesas e castelos encantados...a minha princesa Constança tem dado grandes ares da sua graça. Manifesta-se fortemente, várias vezes ao dia, em especial quando a mamã está mais sossegadinha. É bem reguila, esta menina. Este fim-de-semana recebeu um presente lindo da avó G. Um cueiro cor de rosa, do mais mimoso e feminino que pode haver. Ficará uma princesa com aquilo vestido. Mas o giro foi ver os esgares do papá quando pôs a vista em cima de tal objecto...eh, eh, eh... ele que tenciona encher a filha de gangas e roupas arrapazadas, nem imagina a ternura que é um bebé vestido com uma coisa daquelas. Vai estar nos States no fim de Março e já estou a imaginar a investida à GAP para voltar cheio de roupas malucas (nada de cor-de-rosa) para a sua menina (como lhe chama, o babado!).

23.2.05

Confirmação

É uma menina. Foi a primeira coisa que se viu quando a sonda posou na minha barriga. Assim, de repente, sem preparação, sem nada. Até me faltou o ar. A onda de felicidade que me encheu o peito naquele instante foi indescritível. Confesso que até me fiquei a sentir culpada por estar tão feliz só por aquele motivo. Afinal, faltava ver tudo o resto, o mais importante de uma ecografia morfológica. Eu tentava não ter um sorriso tão enorme e escancarado na cara, mas a boca recusava-se a fechar. Sorri até me ficarem a doer os musculos faciais. Percebi o quanto adorava ter uma menina. Acho que isto tem que ter uma explicação metafisica qualquer. Eu arriscaria algumas explicações...mas acho que vão ficar para mais tarde.
E falando do meu bebé. Estava tudo bem. Muitas medições, de tudo e mais alguma coisa. Um fémur com 3 cm (ena, que grande) e cerca de 368 grs. Ficou a faltar ver por completo a estrutura cardíaca (a menina estava teimosa e decidiu que não lhe apetecia virar-se). Daqui a uma semana nova ecografia para ver o coraçãozinho como mandam as regras. Com o H. aconteceu exactamente a mesma coisa, por isso já percebi que os meus filhos são uns grandes teimosos.

"O momento" da ecografia...
Provavelmente farta de ser remexida, a Constança, mostrou todo o seu tédio com um bocejo amoroso e comovente. Mais uma vez vi magia a acontecer naquele écran.

17.2.05

Papá

Tenho saudades dos teus comentários! A tua visão destes nove meses também é importante...

Trapezista

Há pouco andava literalmente às cambalhotas na minha barriga. Acho que esta criança vai ser trapezista. Ao H. chamei-lhe "alpinista" desde as 5 semanas de gestação. Esteve pendurado por um fio...em desiquilíbrio, mas aguentou-se firmemente! Este agora vai ser o "trapezista" porque parece dar voltas e reviravoltas num trapézio imaginário dentro da minha barriga.

Esta casa vai mesmo passar a ser um circo!

16.2.05

Contente

Fui buscar os resultados das análises à Glicémia. Tchan, tchan, tchan...negativo. Não estou com diabetes gestacional! Os três valores estão abaixo do máximo! E bem abaixo. Escusado será dizer que estou contente. Agora vou manter o regime "sem açúcar" (mal por mal já estou habituada e ao menos não engordo tanto...), mas se me apetecer uma sobremesa posso comer. E isso faz cá uma diferença...
No Sábado fomos a um jantar de aniversário e eu nem me atrevi a comer uma fatia de bolo. E é muito dificil resistir quando toda a gente à nossa volta está a comer. Ainda mais grávida, altura em que achamos que temos mais direito ainda a desejos e caprichos.

15.2.05

Xutos e Pontapés

Começaram a sério no fim de semana. É à noite que está mais activa/o. Ontem foi sessão contínua de autêntica biqueirada no fundo da minha barriga. O papá ficou deliciado...mas impressionado também. É que são pontapés bem grande para quem tem 300grs e 25 cm...
Estou em estado de absoluta paixão por este bébé. Deixem-me babar...tragam-me um lençol.
De hoje a uma semana é a eco morfológica. Estou ansiosa de ver se está tudo bem, esta eco é a mais importante de toda a gravidez.
Do H. tive que lá voltar passada uma semana porque a médica não conseguiu ver ao pormenor todas as artérias do coração. Assegurou-me que estava tudo bem, que tudo o que viu estava bem, mas que gostava de ver mesmo tudo e que naquele momento ainda não era possível, dentro de uma semana já seria porque os bebés crescem imenso todos os dias. É claro que fiquei angustiada, apesar de ter acreditado na médica, fiquei a pensar se seria mesmo assim. Mas felizmente passada uma semana deu para ver tudo e pude ficar completamente descansada.

11.2.05

Açúcar, doces e mel

Na quarta-feira fui então fazer mais uma análise para verificar se tenho ou não diabetes gestacional. Estava no laboratório às 7:55, depois de deixar o H. no colégio. Ele parecia um zombie, coitadinho, porque felizmente consigo deixá-lo sempre um bom bocado mais tarde, por volta das 9:30. Um luxo!
Jejum. Coisa que nestes dias me é muito dificil de suportar, acordo esfomeada. Picada nº 1. Braço esquerdo. Beber dois copos de água com 100g de glucose. Tão doce que me faz estremecer dos pés à cabeça. 1 Hora à espera. Picada nº2. Braço direito. Mais uma hora à espera. Picada nº3. Braço esquerdo. Veia rebentada. Mais 1 hora. Picada nº4 (ainda tenho sangue?). Braço direito. Em cima da picada anterior. Hematoma. Uffff... acabou. Mãe sofre. Saldo final: 4 picadas. Dois braços negros.

E o que me salvou de morrer de tédio durante três horas sentada numa sala de espera fria e desconfortável? Não foi o livro que ando a ler que é girissimo - A Lenda de Martim Regos, de Pedro Canais - mas que pelo volume de páginas (700) devo acabar dentro de uns três anos. Não foram as Pais&Filhos de Janeiro e Fevereiro que também iam no saco. Nem sequer a Única de Sábado com um artigo sobre Auschwitz que gostava de ler mas que o meu estado emocional de grávida hipersensível ainda não deixou... Foi mesmo o ponto-de-cruz. Bordei (não acabei...aquilo demora mesmo muito tempo...) um babete para a/o pequenina/o com uns patinhos lindos... deixando um espaço em branco para pôr o nome. Coisa que tenciono terminar daqui a duas semanas. Assim ela/e colabore para me tirar esta curiosidade... e poder acabar o babete!

7.2.05

E se for menino?

Parece que vai ser Guilherme. A escolha foi simples. Tal como a do primeiro, não ofereceu grandes dúvidas.

O nome

Claro que andamos a pensar no nome...e claro que já temos umas ideias. Eu tenho o nome escolhido. O pai tem dúvidas. O mano insiste que a mana se chama Sofia, nome que não é opção para nós. Por um lado tinha graça ele escolher o nome da mana, por outro lado não faz grande sentido. Seja como for, Sofia não será. Às vezes diz que quer que se chame Catarina e esse sim já é uma opção muito válida. Aliás, penso que está em segundo lugar no meu ranking, ex aequo com Luísa. O papá gosta muito de Catarina. Luísa é um nome muito querido para ele, o nome da avó, mas que ainda lhe causa alguma mágoa recordar. Não quer sentir essa mágoa, essa saudade, quando olhar para a filha. Por outro lado, adorava prestar essa homenagem à avó. Eu já lhe disse, e repito, que é só ele dizer que quer que seja Luísa e eu aceito.
Ontem, finalmente, acabou por dizer que estava quase, quase a aceitar a minha primeira escolha. Adora o nome mas ainda não conseguiu visualizá-lo numa filha sua. Acha que pode ou não ter cara daquele nome. Que é um nome que não fica bem a toda a gente. Eu acho que ele até tem razão. Mas parece-me que uma filha minha terá certamente cara de... não vou dizer já!

19 semanas

Já percorri metade do caminho (tendo em conta que o H. nasceu às 37 semanas...). A formiguinha começa a sentir-se de uma forma mais acentuada. Mas não se mexe muito, por enquanto. Ontem à tarde esteve numa sessão contínua de pontapés que foi a mais longa e pronunciada que senti até agora. Acho engraçado senti-la sempre no fundo da barriga, em baixo, no sítio onde ela estava sentada na última ecografia. Será que escolheu aquele sítio como o seu preferido ou...será que está mesmo colocada ali em baixo? A minha mãe conta que sempre me sentiu assim e que estranhava quando amigas lhe diziam que sentiam os filhos cá em cima, junto às costelas, nem as deixando respirar. O certo é que depois se verificou que eu estava sentada, e assim fiquei até ao fim, e que não me mexia quase nada porque tinha um cordão umbilical tão curto que não me permitia grandes deslocações. Devo ter-me sentido muito presa aqueles nove meses. Agora quando sinto o meu bebé aqui neste sítio ponho-me a pensar se a genética transmitirá também este tipo de características intra uterinas... a vantagem que tenho é que certamente descobrirei isso a tempo e não apenas no momento do parto.
Nas últimas duas semanas tinha vindo a sentir-me demasiado pesada para o pouco tempo que ainda tenho de gestação. Chegava invariavelmente ao fim do dia com dores no fundo da barriga, não uma dor forte, apenas uma moinha e uma pressão incomodativas. Por vezes quando fazia um movimento brusco, ou espirrava, chegava mesmo a sentir uma dor aguda na barriga. Cheguei a acordar a meio da noite com uma dor intensa só pelo facto de mudar de posição. Confesso que me assustei. Estava a começar a pensar em falar com a médica e já estava a fazer cenários de repousos absolutos até ao fim da gravidez...coisa que com um filho de dois anos não sei como se faz. Lembrei-me de vestir a cinta que usei lá para os seis meses e meio, sete meses da gravidez anterior. Aquilo fazia-me sentir apertada e só a suportei quando o peso da barriga se tornou desconfortável. Desta vez a barriga é um pouco maior, a minha vida muito menos descansada e também estou mais velha. Sejam estas ou nãs as razões, o que é certo é que as dores passaram. Não senti mais picadas na barriga nem aquelas moinhas desconfortáveis. Este fim de semana tratei de ir comprar outra cinta, uma vez que já percebi que vai ser acessório que não vou dispensar mais até ao fim. A canguru da Pré Natal é toda em algodão (o fim da minha gravidez vais ser em Junho, e com o calor não sei se aguento fibras sintéticas...) e tem o reforço elástico para suportar a barriga e também nas costas para apoio lombar. É excelente, embora seja bastante cara.